Intuição Animal
Vinte e seis de dezembro de 2004. A tsunami no oceano Índico em dezembro de 2004 foi dos piores desatres naturais na história da humanidade. Mais de 250 mil pessoas morreram. A medida que o mundo conta o estarrecedor número de mortes humanas, novas e misteriosas histórias começam a emergir, relatos notáveis de sobrevivência no reino animal. Segundo os policiais florestais, flamingos ao longo do litoral indiano de repente, sem nenhuma explicação, fugiram para floresta mais seguras antes do ataque da tsunami. Cães no Sirilanka recusaram sua costumeira caminhada matutina. Búfalos em um vilarejo fugiram em estouro para uma colina, salvando a vida dos moradores que os seguiram. Por toda a área afetada, histórias continuaram chegando. No meio de uma carnificina humana, animais de alguma forma sobrevivem deixando moradores e cientistas surpresos. "Todos os elefantes e javalis selvagens e outros animais fugiram para longe do
mar, nenhum deles ficou pra trás." Havia equipes de busca de 50 pessoas lá, procurando por corpos e traços de sobreviventes, mas ficou claro que não havia animais mortos. Seriam todas estas histórias uma coincidência ou existe algo por trás delas? Durante séculos, sobreviventes de desastres naturais vêm contando histórias parecidas sobre animais domésticos e selvagens que pareciam prever tragédias com minutos horas e até dias de antecedência. No século IV antes de Cristo historiadores registraram um êxodo em massa de animais, incluindo ratos, vermes e besouros na cidade grega de Helike, cerca de 5 dias antes de ela ser engolida pelo mar em um violento terremoto. Testemunhas de um feroz terremoto que devastou Lisboa na metade do século XVIII notaram que aves e ratos estavam saindo de suas tocas horas antes do tremor. Tragédias mais recentes não foram exceção. Tova vez que desastres naturais acontecem surgem relatos sobre premonições de animais. A tsunami de 2004 lança uma nova luz a essas histórias. Por que aparentemente tão poucos animais morreram na tragédia? Será que eles captaram avisos que nós de alguma forma não captamos? Os pesquisadores estão divididos. "Seria uma novidade se os animais fugissem, se não fugiram não é uma novidade." Será que os animais prevêem os desatres naturais? E se isso acontece seria possível adquirirmos esta habilidade para nos protegermos? A busca pelas respostas deste mistério nos levam a fronteira do conhecimento humano.
